terça-feira, 29 de novembro de 2011

Em ritmo de Passeio...

Boas a todos

O tempo que se aproxima é de festa, reunião e convivio, tendo por pano de fundo o espírito natalicio. Á conta disso, vamos-nos juntar todos e por mais um ano, numa farta mesa, tendo por tradição este gosto intrinseco a muita gente, que é o dar ao pedal, seja ele em versão terra, seja em versão alcatrão. É já na próxima sexta feira, estando as inscrições a decorrer a um ritmo espectacular! Aguarda-nos mais uma boa noite de diversão, quase, quase garantida! Eehehehe

 

Enquanto esperamos pelas iguarias escolhidas pelo "Grupo de Alta Competição de Castelo Branco", o tempo continua de feição para umas pedaladas tranquilas, ou não seja esta época do fim do ano propicia a isso, sem grandes aventuras em perspectiva, ou seja sem grandes empenos para os quais treinar. Portanto ficamo-nos por pedaladas em ritmo de passeio, que sinceramente também fazem muito bem!


Hoje, como de costume, houve "alcatrão" reunindo alguns "crónicos" nesta "árdua tarefa", que foi passear pelas "barbas da Gardunha", ou seja lá apareci eu (FMike), o J.Cabarrão, Fernando (Caraibas), Monteiro, Marco e Ti João dos Escalos, para uma voltinha de 65 km, a um ritmo eminentemente de passeio, numa pedalada "redonda", bem agradável, para esta "altura do campeonato".
Quinta feira há mais, tanto em versão alcatrão (Modelo) como em versão terra (Docas). Eu lá estarei nesta última pois perspectiva-se mais um bom "ajuntamento" de malta pedalante para irmos-mos "chafurdar" na muita lama dos trilhos! Eeheheheh

FMike :-)

domingo, 27 de novembro de 2011

Não há fome que não dê em fartura!

Boas a todos! :-)


Diz o povo (esperamos que com razão!) que não há fome que não dê em fartura. Passamos tempos desses, com a "fome encapotada" a surgir por todo lado... dizem que a seguir virá a fartura! Assim esperamos e o desejamos, embora a minha posição pessoal seja cada vez mais céptica.... Que tempos estes!


Bem mas hoje o mote dado, á conta deste famoso ditado popular, aplicava-se em exclusivo ás bikes, ao convivio com a malta, ao regresso aos trilhos. Por incrivel que pareça descobri hoje que ainda nao tinha pedalado nos trilhos com agua, lama e frio matinal q.b.... a ultima vez que peguei na bike de BTT ainda havia pó e calor... xiça estava mesmo afastado destas "coisas"!


Mas pronto depois de algum "jejum de terra" (há quem prefira bifes), sempre bem colmatado com o alcatrão e a sapatilha, hoje foi mesmo dia de encher o papinho de BTT, bons trilhos e boa companhia, regressando ao convivio com a malta das Docas, um lugar tradicional para praticar ao "mais alto nivel!"...


O dia prometia algumas ausências da malta mais habitual, uns ás "voltas" com cogumelos, outros com azeitonas, outros a dormirem durante o dia e outros ainda nos caminhos da Invernal. Mas isso não motivo para a tradição não se manter, pois juntaram-se ainda assim 5 companheiros para mais uma voltinha domingueira.


A ideia era pedalar até ao sopé da Gardunha relembrando velhos caminhos, a começar pela subida até á Tapada das Figueiras pelo lado da estrada de Cafede, bem aprimorada pela geada que já se fez sentir e pelo muito frio que nos arreganhou as orelhas!...


Cafede mora logo ali ao lado, mas como ainda era cedo continuamos para lá da Póvoa com ideia de irmos "cafeinizar" a alma a Tinalhas. Contudo para lá chegarmos houve que arfar um pouco, pois escolhemos a passagem pelas subidas das 3 Toneladas, uma absoluta estreia para a minha SS'er que nunca as tinha trilhado. Soberbo aquecimento!


Depois de "vitaminada a alma" em Tinalhas, um trilho mais rolante levou-nos até aos pomares na base da Gardunha, um local sempre bonito de ser revisitado. É pena que hoje de tarde e apesar da chuva dos ultimos dias lá se registou mais um incendio em plena encosta desta serra já bem desertificada de árvores e mato! Raios, já nem de inverno dão descanso á floresta!


Era tempo de regressar e fizemo-lo pelos fundos da Marateca, que brilhava ao longe, já bem cheia de água e vida animal. Contornada a A23, embrenhamo-nos nos quintais da Lardosa, sem nunca entrar no povoado, escolhendo alguns caminhos rurais outrora "passeados a pé" num dos passeios pedestres do amigo Pinto Infante.  Bonitos recantos!


Dali a Alcains foi um instantinho, até porque agora a zona da "Folha da Lardosa" está pejada de alcatrão! Não querem ver que alcatroaram aquilo tudo? Deve ter sido obra do Marcelo! Aquilo é que foi dar ao pedal!

A chegada á cidade fez-se, já passava das 12 horas com 65 km de bons momentos em BTT, com a excelente companhia destes amigos. Para a próxima quinta feira, se os "astros do trabalho" o permitirem, lá estarei novamente para mais uma pedalada de BTT no sitio do costume, pois acho que há "quorum" para mais uma incursão na água e lama!



Contudo tal como dizia no inicio, hoje foi mesmo dia de matar a fome de bicicleta de BTT. Todo o dia em "cima dela", só mesmo com intervalinho para almoço!


Depois de respostas as energias, havia lá por casa mais um que queria pedal... pois sim, o Junior também queria "dar cabo do corpinho" e pronto tive de lhe fazer a vontade!


Numa voltinha mais urbana, com pouca terra para não lhe "sujar" muito o "fatinho", fizemos algumas subidinhas para aquecer as pernas até porque o dia não aqueceu muito.


Ora por entre ruas percorrendo autenticos singles escondidos ao pé de grandes zonas comerciais, ora visitando renovadas zonas verdes cheias de albicastrenses desejosos de por o "nariz fora da toca", a tarde passou devagar, ao ritmo do pedal e de uma boa tagarelice entre pai e filho, sempre importantes para por a conversa em dia...


Foram mais 20 km de um BTT modesto, mas cheio de intensidade para uma criança de 9 anos... pouco a pouco vamos tendo novo companheiro... já me estou a ver daqui nada a desembolsar mais uns euros para uma bike! Assim seja!


Fiquem bem!

FMike :-)

sábado, 26 de novembro de 2011

Allez... allez, Champion du Monde! - Parte 3

Crónica por: Daniel Valente

Não há duas sem três! Há o compromisso com o ciclismo e, claro, com o bendito do Rainbow Jersey (desta vez já bem lavadinho e cheiroso!). Este jersey impõe limites, amigos! Limites a ultrapassar claro! Não há margem para fraquejar! E esta condição de estreante não pode servir para sempre como desculpa, pelo que há que pedalar, mais e mais! Como vem já sendo habitual, o roteiro do dia de hoje incluiu como protagonistas a dupla Daniel e João Valente, assumindo este último a honrosa (mas temporária!) categoria de “chefe de fila”, liderando as hostes, seguindo eu atrás como um modesto “aguadeiro”. Partindo da Escola Superior de Educação como ponto de encontro, dirigimo-nos até ao Bairro da Carapalha, metendo aí pela estrada com direcção à Ponte sobre o Rio Pônsul… Descer, descer, descer… subindo, posteriormente até Lentiscais.


Foto para aqui… dois dedos de conversa para acolá … e eis que a barriga começa a dar horas. Estacionadas as máquinas, houve tempo de parar para um beber um cafezinho e ingerir uma sandes, antes de seguirmos caminho até Alfrívida e daí até Cebolais de Cima seeeempre a subir!


De Cebolais de Cima, passamos ao Retaxo, culminando com nova subida às Olelas! Já no caminho de regresso para CB City, fizemos questão de proceder à visita (quase protocolar) ao geronte da família, o avô Francisco Oliveira - que se encontrava com meu pai em lides mais viradas para a azeitona – e claro, ao abafadinho da ordem, que nos deu alento para o resto da volta.


Estatisticamente falando, mais uma incursão asfáltica na sua totalidade, com um somatório de 50 e picos km’s pedalados e novos locais (para mim) explorados, desta vez com um acréscimo de subida, sempre na companhia do Rainbow Jersey (bem suado desta vez!) e de muito boa disposição…!

Até novas pedaladas!
Daniel Valente

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Allez... allez, Champion du Monde! - Parte 2

Na verdade… os Rainbow Jerseys ainda não cheiravam a verdadeira transpiração de “Champion du Monde”, vai daí desafiei o “dorido” do meu irmão para mais uma incursão asfáltica e assim ficar com as perninhas mesmo rotas! Ehehehe… O jovem até se está a aguentar bastante bem!!! Qualquer dia está preparado para uma voltinha BTT by “Centro Cívico - Docas”.


Depois dos 54 Km’s rolantes de ontem, hoje saímos de Castelo Branco um pouco mais tarde que o previsto (quase 15h), direccionados às Sarnadas de Rodão onde entrámos, para depois apanhar a N18, cortando logo à esquerda para os Cebolais de Baixo, Retaxo, Represa e Castelo Branco!


A performance de hoje já esteve um pouco aquém da de ontem, no entanto ainda deu para “stickar” nalgumas rectas e sentir a adrenalina da velocidade. Aquela Rockrider do meu irmão parece ser uma excelente máquina apta a devorar muitos e bons km’s! Assim espero fazendo-lhe companhia com a minha Trek!


À chegada à cidade, já o sol se queria esconder nas montanhas… mas ainda circulámos na zona de lazer para ultrapassar a barreira dos 45Km’s do dia! Nada mau… para pouco tempo de sol! Quanto ao Rainbow Jersey… hoje sim… já merece ir a banhos e esperar que um dia destes lhe peguemos de novo para mais uns quantos Km’s! Eheheh…

Abraço a Todos
João Valente

domingo, 20 de novembro de 2011

Allez... allez, Champion du Monde! - Parte 1

Crónica por: Daniel Valente

Mas.. mas.. ? Dois Rainbow Jerseys? C..C..Campeões do Mundo..? Thor Hushovd?! Mark Cavendish ?! … Cadel Evans?! Bem, não exageremos! Claro está que são “apenas” os irmãos Valente que aproveitaram a pausa no tempo de chuva para passar uns bons momentos a pedalar e pôr a conversa em dia.


Sou relativamente novo neste desporto – pelo menos de uma forma mais séria/continuada – e há muito que estava combinada um “giro” essencialmente rolante mas que assegurasse uma carga de esforço superior àquilo que têm sido os meus registos habituais. O João assegurou-se disso! E assim, partindo de Castelo Branco, pedalámos pelo asfalto passando por Alcains. Sem tempo para paragens, seguimos viagem para a Lardosa, rumando posteriormente até à barragem Santa Águeda – um autêntico espelho naquela tarde. Esperava-nos aí uma Geocache.



Azar dos azares (ou azelhice!) a marota decidiu não aparecer (o GPS ficou em casa!). Trocámos, então, o prazer da cache pelo de uma bela sandocha a fim de repor o gasto energético e seguimos viagem de novo até CB, passando por Póvoa de Rio de Moinhos, Caféde, Tapada das Figueiras e de novo Castelo Branco.


Balanço da tarde… 54 Km’s rolados a uma velocidade aceitável e a confirmação de uma ideia importante a retirar do Desporto / BTT: Motivação. Acredito que todas as pessoas que praticam desporto – BTT neste caso particular – têm um objectivo pessoal, seja ele ligado ao organismo/estética, seja por motivos de saúde, de lazer, ou mesmo por motivos de personalidade, onde factores como a expectativa, êxito, rendimento ou auto-realização ganham pertinência. 

No meu caso, todos estes itens entram na equação de uma forma sinérgica, impulsionando corpo e mente para determinado comportamento: o de pedalar, mais e melhor, e retirar da bicicleta, trilhos e todo o esforço intrínseco a esta modalidade todo o prazer possível. Agora… imaginem tudo isto com um Rainbow Jersey…! Ehehehe…

Até uma próxima…

Daniel Valente

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pausa na chuva...

Boas a todos!


Parece mas não é verdade.... parece que tenho andado arredado das bikes e do convivio com a malta do pedal, mas isso não corresponde á realidade. Quando muito tenho andado arredado da escrita redactorial aqui na blogosfera... e só!


Depois da Maratona do Porto no dia 6 Novembro (ainda tenho de fazer uma crónicazita!), este é o primeiro post que redijo, mas esta foi apenas e mais uma manhã desportiva, que têm alternado entre as manhãs de asfáltica com a malta do Modelo e o running de tarde e em ritmo moderado com o amigo Dino. Já nos domingos a conversa é outra... tenho-me portado como um verdadeiro ex-colega... nada de BTT! Mas só porque o patrão não me tem dado folga!
 

A verdade é também mais prosáica... a chuva veio em força e pelos vistos veio para ficar... o que tem igualmente impossibilitado a vontade de por o nariz fora da toca e pegar na ginga, ao longo de toda a semana. Bem, mas hoje o S. Pedro deu-nos sol, logo... toca a pedalar!


Numa manhã fria e nevoenta, sobretudo nos vales, apareci no Modelo ás 08:30 h para me juntar aos amigos Cabarrão, Fernando e o Joaquim (francês), os "crónicos" amigos nestas andanças, que estão sempre dispostos a dar umas pedaladas pelas redondezas em boa companhia. O Inverno também faz destas coisas, ficando a malta mais por casa muitas das vezes a ronronar nos lençois... Como eu os entendo... mas no meu caso, a vontade de pedalar é maior!


Como a malta estava cheia de "força" depois de tantos dias em "branco", optamos por uma voltinha com "pouca" quilometragem mas com algum acumulado, para "esticarmos" as fibras musculares, "empedernidas" pelo frio. Bem... mas a conclusão que eu chego é que esta malta de empedernidos tem muito pouco! Eheheheh...


Num ritmo certinho, de fazer gosto, sempre em boa disposição fizemos as bonitas "rampas" que nos levaram até ás Sarzedas, rampas essas, hoje superiormente embelezadas pela luz solar filtrada pelo nevoeiro... que dia fantástico para a fotografia! Dali rodamos 90 graus em direcção aos Bugios, deixando o vale do Ocreza e entrando no vale do Tejo e afluentes, igualmente frio e nevoento. Rampas rápidas a descer, e igualmente "rápidas" a subir... faz gosto rolar assim certinho!


Em Alvaiade abastecemos os bidons numa das melhores fontes do pais (quem o diz é a DECO!), com os azimutes já virados a Vila Velha de Rodão, onde na descida de Tavila, compreendemos que o nevoeiro também tinha misturado aquele cheiro pestilento a celulose.... bahhh! Que pivete. O que vale é que quando se chega ao centro da vila podemos ter imagens assim do bonito Tejo.... parecia um rio de prata!


Depois da habitual cafezada, era tempo de subir, subir e... subir!... Não contentes, ainda "metemos o nariz" nos Cebolais, chegando á cidade já bem perto das 12 horas, com alguns quilómetros e metros acumulados nas pernas, mas sobretudo com o sentimento de "dever cumprido" - Mais uma excelente "pedalada"!

FMike :-)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O meu BTT tem Diabetes

A Sociedade Portguesa de Diabetologia descreve a Diabetes Mellitus, como sendo uma desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por uma hiperglicemia crónica com distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas, resultantes de deficiências na secreção ou acção da insulina, ou de ambas.

O desporto é um dos métodos relevantes para o controlo da Diabetes Mellitus, Além de poder melhorar a sensibilidade do aumento da insulina, também consome a glicose. A prática apropriada do desporto ajuda a diminuir a obesidade, mantém o peso no nível ideal, bem como, previne as doenças secundárias derivadas da Diabetes. Além disso, o desporto produz ainda o efeito eficiente e relevante na redução da glicemia do paciente obeso com Diabete Mellitus.


O nosso amigo Carlos Farinha é diabético, pratica BTT e faz questão de partilhar com todo o mundo a relação que tem entre a Diabetes e o Desporto BTT. O projecto “ O meu BTT tem Diabetes” é algo muito válido na desmistificação da doença e nos “medos” que giram à volta dela. Como autores deste Blog de BTT e em simultâneo, como profissionais de saúde que somos, apoiamos iniciativas como a do Carlos Farinha. Em 2012, esperamos poder pedalar por essa natureza fora, envergando as cores do Projecto “Blue O” e deste modo poder dar visibilidade aos objectos válidos do Carlos Farinha! Não hesitem e dêem uma vista de olhos no seu BLOG, no FACEBOOK e na página do FÓRUMBTT.

Abraço
BTTHAL

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Outono na Estrela 2011

O dia de hoje foi mais um daqueles que dá grandiosidade ao nosso desporto, às relações interpessoais deste grupo, foi mais uma página que se escreveu na nossa vivência...

Desde o esforço titânico do João Neves (ainda novo nestas andanças), à boa disposição geral, à manga curta do Silvério (na torre com 3°) aos banhos em modo nudismo na água gelada do Zêzere do João Afonso e do Marco, ao petisco no Café Ideal em Vale de Amoreira, tudo foi fantástico!

As fotos tiradas foram muitas, mas as melhores são as que nos ficam na memória e que só cada um visualiza e revisita de vez em quando. Saímos às 9:30, acabámos às 16:30. Pelo meio ficaram 70 km’s e 1800 metros de acumulado, paisagens grandiosas que nos fazem sentir pequenos, mas acima de tudo a cumplicidade de 18 pessoas que decidiram aventurar-se por um dos cenários mais agrestes e duros de portugal.”


Foram estas as palavaras sinceras do amigo Agnelo Quelhas… orgulhoso de ter partilhado com este grupo de pessoas, mais uma expriência memorável e enrriquecedora das nossas vidas desportistas! Mas… entremos em pormenores desde singular dia!


A vivência do Outono na Serra da Estrela está, à semelhança de outros eventos, a tornar-se numa das aventuras que todos os anos vamos repetindo. Felizmente integro-me no “restrito” lote de convidados e será sempre um prazer marcar presença nestes memoráveis encontros!


Apesar dos diversos “marca-desmarca” no calendário nas semanas que antecederam o “Outono da Estrela 2011” e da semana repleta de chuva que esteve, podemos mesmo dizer que tivemos uma sorte danada com o dia eleito! Um “dia de encomenda” dizem alguns… e na verdade São Pedro foi mesmo complacente com este animado grupo! Sol, luz e calor nas zonas mais baixas… que mais ingredientes poderíamos pedir??? Espectáculo!


Mesmo assim, à quem diga que as cores outonais não estavam no ponto ideal, fruto deste verão que se prolongou até muito recentemente! Para mim esteve brilhante e não me importaria de encontrar estas cores e este sol cada vez que pego na bicicleta! Eheheh…


Assim sendo, neste dia 6 de Novembro compareceu no Ponto de Encontro de Manteigas um grupo de 18 amigos do BTT, 14 de Castelo Branco, 1 da Covilhã, 2 da Guarda e 1 de Setúbal! Todos com o apetite guloso de desfrutar o BTT num dos cenários mais bonitos deste Portugal… o majestoso maciço da Serra da Estrela.


Depois dos preparativos iniciais, iniciámos o percurso delineado pelo Agnelo pelas 9:30, junto à ponte sobre o Rio Zêzere - Manteigas, onde o João Afonso se esforçou por agrupar o mini-pelotão e sacar uma primeira fotografia de grupo! Bem sucedido!


Daqui iniciámos em tom de aquecimento “forçado” a ascensão de São Gabriel até às imediações do Poço do Inferno! Uma zona que já tinha feito a pedal com o companheiro Fernando Micaelo aquando do percurso Geo-Raid Ultra-Estrela… vieram à minha memória momentos brutais vividos a dois! Hoje erámos muitos mais… um autêntico comboio por ali acima… já a absorvermos um pouco da sublime paisagem desta zona! Uma espectacular luz matinal a trespassar o aglomerado de folhas da mata! Muito bonito!


São cerca de 4 Km’s a fazer ver que estamos mesmo a pedalar em alta montanha! Lá em cima interceptámos a estrada alcatroada que nos levaria, por opção de todos, a uma visita ao Poço do Inferno (que não estava incluído no percurso delineado!), mas que valeu bem a pena! As chuvas dos dias anteriores fizeram engrossar fortemente aquela cascata! A força da água é brutal! E neste cenário é vê-la gemer por todos os cantos!


No Poço do Inferno, desfrutámos um pouco do cenário, aproveitou-se para comer algo e para tirar uma série de fotografias, entre as quais mais uma ao grupo do Outono da Estrela 2011.


Daqui, seguimos via asfalto (estradinha de montanha), em pendente ascendente até á cota dos 1300 metros. Esta zona, apesar de ser em subida é bem menos inclinada e mantém a vegetação típica da zona, faias, abetos, pinheiros e castanheiros… formando um conjunto de cores dignas das mais belas “florestas de cinema”! Pessoalmente não conhecia este troço do percurso e adorei!


Com cerca de 7,5Km percorridos e já um considerável desnível acumulado vencido, entrámos numa zona de onde já era possível avistar o abissal Vale Glaciar do Zêzere e toda a sua envolvente! Aqui, as zonas mais abertas em termos de vegetação deram lugar ao frio gélido da serra.


Cada km percorrido oferece-nos uma vista magnânima que nos faz sentir muito pequenos. “Imaginar os milénios necessários para que tal monumento natural se forme, faz reduzir a nossa existência a muito pouco, uma pequena partícula de pó num imenso deserto. Tudo neste cenário nos reduz e ao mesmo tempo nos enche a alma.”


A zona é tipicamente rolante a meia encosta, com 2 ou 3 paredes mais inclinadas a fazer lembrar que estamos na Serra da Estrela, mas com a calma e descontracção natural tudo é vencido sem percalços! Lá ao fundo avistamos os maciços dos Cântaros (Raso, Magro e Gordo), que mais lá para afrente iríamos vencer em subida íngreme. Ufffff!


Na zona da Nave de Santo António, o João Neves, albicastrense com o qual pedalei a 1ª vez, decidiu encurtar caminho até Manteigas e esperar pelo restante grupo para o repasto final! De salientar o esforço imenso que o João Neves fez para conseguir ascender até este ponto com o grupo! Na verdade, foi uma volta (ainda) exigente para alguém que tem poucos Km’s nas pernas! Mas… grão a grão…enche a galinha o papo!! João, esperamos por ti no Centro Cívico de Castelo Branco para ganhar mais algum endurance… sem desistências!


A aventura prossegue com a incursão no terreno ensopado e irregular da Nave de Santo António, local que inúmeras vezes vislumbrei cá de cima da estrada, mas que nunca tinha trilhado lá por baixo. Um single track que serpenteia por entre a turfa alta e húmida, passando mesmo defronte à capela (!) local. A sensação é estarmos num prado imenso “engolido” pela alta serrania envolvente. Espectacular!


Chegados à estrada do lado oposto e depois de muitas fotos, começámos a subida para a torre. Nada de novo para além de uma subida longa, exigente e já conhecida, onde a presença de neve a partir do túnel faz distrair e esquecer o frio e o cansaço da subida!


Subindo, subindo, subindo… os 17 aventureiros lá chegaram a conta-gotas para nova reunião junto à rotunda da torre. Aqui, apesar do céu aberto com o sol bem presente, soprava uma brisa invernal que fazia a temperatura descer consideravelmente. Ainda assim a condição agreste do frio passava ao lado do Silvério, vaidoso do seu Jersey manga curta dos “Pirinés Epic Trail”!


Apesar do frio, repousámos e assentámos por aqui arraiais durante algum tempo para um abastecimento mais fortificado! Alguns de nós não resistiram às belas sandes de queijo e presunto serrano… tal era a larica!!!


Cada minuto que por aqui nos mantínhamos, maior era o frio sentido (á excepção do Silvério!), pelo que apressámo-nos para uma última fotografia grupal junto ao cruzeiro da torre e siga serra abaixo!


Seguiu-se assim a longa descida para a Lagoa Comprida. A deslocação do vento baixava ainda mais a temperatura já baixa. Frio + frio, queima! Era essa a sensação que tinha ao descer estrada abaixo. Valeram algumas paragens aqui e acolá para atenuar o “cortar gélido” do vento.


À medida que vamos descendo, a neve vai ficando mais dispersa até desaparecer por completo! Os alvos mantos brancos sarapintados pelo espreitar das rochas faziam parte do passado. Tínhamos agora diante dos nossos olhos o agreste rochoso da serra e uma bacia hidrográfica digna desse nome na Lagoa Comprida, onde alguns de nós fizeram uma incursão pelo topo do paredão, a convite do Pedro Antunes. Valeu a pena esta perspectiva diferente!


Seguimos em descida gélida para passarmos ao lado da negra Lagoa do Covão Cimeiro, cortanto mais abaixo à direita para entramos num trilho que possui à esquerda um canal de água por vários Km’s e à direita uma vista estrondosa pelo vale onde se vislumbram a longa distância pequenas povoações, entre as quais o Sabugueiro, circundado pelas cores outonais. Muito Bonito! Este canal de água acompanhou-nos até um trilho cerrado, dificilmente ciclável onde a única hipótese foi mesmo pôr a bike às costas e aí vão eles. 50 metros de bike à mão percorridos à uns anos atrás na Grande Rota das Aldeias históricas (GR22), hoje voltei a percorrê-los de igual forma!


Após o “trilho pedestre” passámos a Barragem do Lagoacho e após uns tortuosos km’s de pedra roliça, entrámos no Vale do Rossim onde se encontra a Barragem com a mesma nomenclatura. Àgua e Rocha… um contraste bonito e diferente.


Daqui, seguiu-se a passagem pelas Penhas Douradas e Cruz das Jogadas. O percurso estava mesmo nos “finalmentes”, mas ainda haveria a “cereja no topo do bolo”, com a passagem pela Mata de Faias, um local, onde as cores outonais surgem de uma forma deslumbrante!


A mata cerrada, permite a entrada de pouca luz natural, as cores douradas confundem-se ainda com o verde bem presente. O ambiente é mágico e a vontade de registar em fotografia é muita! Um cenário realmente compensador de todo o esforço dispendido até este ponto. Passear aqui de bicicleta é, defacto magnífico!


Depois de uma pequena paragem para fotografias, seguimos para a adrenalínica, longa e desesperante (para mim!) descida que nos levaria de novo até São Gabriel. Uma descida que nunca mais acaba, repleta de piso pedregoso e irregular! Uma autêntica tortura! Já tive a oportunidade a fazer em sentido contrário… (em subida)… e é bem preferível! Não fui mesmo feito para descer isto (talvez a 29er ajudasse!)!!!


A aventura finalizava assim com a chegada aos nossos carros de apoio! Estavam finalizados cerca de 70km’s repletos de bons momentos e paisagens inolvidáveis! Faltava mesmo o lanche final em Vale de Amoreira, com os já tradicionais peixinhos fritos e as febras “a palito” do Café Ideal.


O petisco agradou a todos, a conversa animada e regada com o “morangueiro” local fez esquecer o passar das horas! O frio serrano e o gelo das águas do Zêzere (João Afonso e Marco Messias…homens de coragem) depressa desapareceram com o calor irradiado pela salamandra e pelo “bate palmas” oferecido à malta! Estávamos em puro convívio! Era noite cerrada, quando demos por terminado este magnífico encontro!


Com encontros destes… é fácil falar em “tradição”! Será certo que para o ano, pela mesma altura lá estejamos todos, com a mesma (ou mais) saúde e com a mesma disposição deste ano.

Grande abraço a todos vós pela partilha destes momentos.
João Valente

PS: Fica aqui o albúm de Fotografias "Outono na Estrela 2011"
Outono na Estrela 2011