segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Infernal, perdão, Invernal da Guarda

Era meio dia. Quem diria!...
Pomares parecia que ainda dormia… nem uma alma bulia pelas ruas. A chuva caia de mansinho, gotejando dos beirados de telha vã do casario baixo da aldeia, dando um brilho natural perante os envergonhados e parcos raios de sol que conseguiam aqui e ali trespassar o cinzento e pesado manto de nuvens que rojavam os cumes da montanha.

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O frio dominava as ruas desertas, enregelando quem se atrevia a cortar-lhe o caminho ventoso. A paisagem dominada pelo verde dos campos e o laranja das copas, envolvia todo o perímetro da aldeia, lembrando-nos que o Inverno ainda nem começou…
Na casa branca baixinha, a porta entreaberta era um convite… Entramos de mansinho, colhendo com gosto a calidez aconchegante da salamandra e o calor amigo dos progenitores Fidalgo, que numa expectativa esperada nos receberam como se velhos amigos fossem.

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O aroma a castanhas assadas dominava o nosso olfacto. Os olhos logo a seguir brilharam perante a visão de um tabuleiro farto de castanhas e de generosidade.

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A garrafa empoeirada mas com um forte e bonito brilho rubi, fez-nos aguar as papilas… Era do ano passado, mas com um sabor milenar de quem sabe fazer jeropiga há muito tempo.

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Num ambiente de são convívio, os minutos passavam, em conversas sobre tudo e sobre todos, entrecortadas com risos e galhofas, onde nem o cão comedor de castanhas foi alheio, enquanto as castanhas e a jeropiga iam acalmando e acalentando os interiores vazios de quem o exercício físico ainda não tinha sido recompensado com o almoço.
A hora de abalar rapidamente chegou. Ficaram, as promessas de voltarmos e o fio da amizade que se criou. Só por isto valeu a pena cá vir!...

Ah pois… isto era suposto ser um post sobre a “Infernal”, perdão, Invernal da Guarda!

Ora cá vai ele então.

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Como o nome diz, foi mesmo um Inferno! O dia começou triste, cinzento, molhado, ventoso, cheio de alertas da Protecção Civil. Que raio de dia para ir pedalar nas faldas da Serra da Estrela. Não me apetecia nada!

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No café esperavam o Abílio e o João Fidalgo, o Bruno e o Nuno Dias. E nem a magana da cafeína me despertava a vontade… (de pedalar!)

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Já na Guarda e reunidos sobre um abrigo improvisado, a 30 minutos do inicio da prova, ainda discutíamos se iríamos pedalar ou se seguiamos directamente para a aldeia de Pomares, terra natal do Fidalgo, onde os seus pais esperavam por nós para um castanhada lá no seu estabelecimento comercial… esta última reunia o consenso geral, perante a queda inclemente da chuva fria, tocada a vento, que parecia não mais acabar…

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De repente o sol apareceu, rasgando o manto de nuvens sobre nós, e uma alma nova nasceu em todos… Ora vamos lá pedalar que foi para isso que cá viemos!
Equipados a rigor lá nos dirigimos ao Parque da cidade onde seria dada a primeira partida, pois tencionávamos começar no km 0 embora já houvesse pessoal a dirigir-se para a câmara, local de inicio oficial.

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As tréguas da chuva foram contudo muito breves. Ainda mal tínhamos começado a pedalar já ela caia novamente inclemente sobre todos os atrevidos que puseram o nariz de fora dos carros. Ora já estamos molhados nada como irmos! Mas não foi assim para todos! Dos mais de 400 inscritos, alguns ficaram logo ali, perante o frio e a chuva, e ao longo dos trilhos gelados e molhados, muitos foram os que desistiram ou mudaram de trajecto para a Meia Maratona, onde acabaram cerca de 310, contra uns singelos 38 que finalizaram a Maratona, alguns soube depois, já bem no fim da tarde, sabe-se lá em que condições… Infernal mesmo!

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Logo á saída da Guarda, na subida que passava ao lado do Sanatório, fomos “brindados” furiosamente por rajadas de vento intensas, acompanhadas de uma chuva gelada, forte que rapidamente se transformou em neve… mas não na neve branca e fofinha que domina os nossos subconscientes de crianças! Aquilo era uma neve violenta, agressiva, acompanhada de vento gélido, cortante, em rajadas fortes que nos fazia quase tombar da bike, enregelando-nos rapidamente as extremidades, sendo frequentes as queixas entre a malta que já não sentiam as mãos nem os pés… Eu, aos 7 km já me sentia perfeitamente encharcado/gelado da cintura para baixo… nem as meias impermeáveis serviram para nada! Portanto o ponto de ordem era pedalar para não arrefecer, fazer somente pequenas paragens para algumas fotografias, apreciar a paisagem magnifica, chegar inteiro ao fim com lesões mínimas de hipotermia, sem quedas e dar graças para que todos os companheiros não tivessem azares!

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O passeio foi quase solitário, contando somente com a companhia do Ricardo da Garbike, que aqui e ali se adiantava para longe de mim, quando a paisagem me dominava a retina e lá fazia um sacrifício de parar, tirar a luva, molhar a digital e chapar mais uma foto. Não foram muitas, porque a digital tal como eu chegou ao fim perfeitamente encharcada. Cheguei a temer que não “sobrevivesse”, pois no final “pingava” mesmo, mas tal como o dono, aquilo fez-se e sobreviveu!

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Os trilhos em si foram magníficos, a merecer sem dúvida, no futuro uma nova visita, mas com outras condições, porque assim, só mesmo de loucos! Desde bons estradões, perfeitamente inundados e enlameados, excelentes descidas que só agravavam a sensação de hipotermia nas pernas e pés, imponentes subidas, algumas tipo parede, onde muita malta fez pedestre e excelentes singles, alguns dos quais já á entrada na cidade, houve de tudo e a gosto de todos.

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Excelente passeio! E as paisagens dominaram os sentidos, sobretudo de quem gosta destas coisas bonitas da Mãe-Natureza. Bem perto das eólicas, e depois de muita chuva, neve e vento gelado, o Criador teve um miminho para nós e numa das abertas das nuvens brindou-nos com um arco-íris, bem sobre o vale glaciar, com as montanhas de fundo… Parecia mesmo um sorriso, perante a nossa tenacidade e teimosia de continuar! Foi, sem dúvida, o passeio mais duro em que participei, daí o merecido título de “Infernal da Guarda”!

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Foi um passeio excelente, que só não foi magnífico, primeiro por causa das condições meteorológicas, e depois por causa de alguns problemas de marcação já no final, em que algumas placas sumiram-se! O banho esteve quentinho e o almoço poderia ter estado mais farto, mas lá se ingeriu! No geral a Organização esteve de parabéns!

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Ora mas então e o porquê daquele paleio todo no inicio?

Bem, eu cheguei perto das 11:30 e pronto para tomar o merecido banho, reparei que o Fidalgo já não tinha a carrinha perto do meu carro… Mau! Terá havido azar? Nada disso! Tinham “encurtado” o passeio devido ao mau tempo e alguns problemas técnicos, pelo que foram ao banho mais cedo e foram-me esperar na meta para chapar uma foto, mas eu fintei-os pois passei “muito depressa” e já não me apanharam! Conversa puxa conversa e saltou logo uma ideia - Ora se o almoço era só às 14 horas e como já estava quase despachado, desafia-nos este bom amigo a irmos aquecer a alma com a boa da castanha de Pomares, bem hidratada com a Jeropiga “Fidalgo Made”, lá na sua aldeia natal. Ora porque não?
E assim foi . Eu, o Fidalgo Pai&Filho e o Nuno Dias, fomos então conhecer Pomares e os seus progenitores, proporcionando-nos um excelente bocadinho, passado á lareira, em muito bom ambiente. Tal como disse ao inicio, só por isto valeu a pena!

Fiquem bem!
FMike

Invernal Albicastrence... ou não???

Boas a Todos…

As previsões meteorológicas não eram apelativas de dias soalheiros… bem antes pelo contrário! Sexta-feira, Sábado e Domingo… os ícones de aguaceiros constantes e fortes eram visíveis em qualquer site de meteorologia ou até na imprensa regional. Afinal de contas… que queremos nós… estamos em época de chuva e frio! Se não chove… é porque não chove… se chove é porque chove… o ser humano é assim, por natureza insatisfeito e sempre exigindo mais e melhor… até com o tempo que (ainda) é algo que não conseguimos controlar!!!!
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Mas… não era as condições climatéricas que me iriam demover de pedalar este Domingo. Era, afinal de contas, o único dia da semana que teria hipótese de o fazer... As companhias de pedalada também se reduziram drasticamente… pois a Maratona Invernal da Guarda, sugou grande parte da malta pedalante! E eu também era para lá ter estado, não tivesse a corrida às inscrições sido tão fulminante e sufocante! Ehehehe… para o ano há mais concerteza… nada de arrependimentos… até porque a volta de hoje foi um brinde a quem gosta de curtir o BTT! Mas já lá vamos…

Digamos que, com a ausência da Invernal da Guarda, tinha feito um pacto com o Amigo João Afonso… iríamos pedalar fizesse chuva ou sol… ou mesmo que caíssem molas e canivetes! Ehehehe! Falar é fácil, escrever um pouco menos e executar ainda mais difícil… e foi quando o barulho agreste da chuva e vento me acordaram cerca das 4:00 da madrugada… que pensei! E agora… quem é que vai pedalar assim!?!?!?! Eheheh… Bom… vamos dormir mais umas horitas e vejamos como acorda o dia!
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3 horas depois… o dia parece começar a romper com a noite torrencial… mas, ainda assim as nuvens cinzentas e carregadas ameaçam a qualquer momento! Prometido é devido… pensei! As Docas esperam por mim e certamente um companheiro (pelo menos!) Já no Centro Cívico… a faltar 2 minutos para as 8… avisto ao longe 2 companheiros: João Afonso e Filipe Salvado. Pouco depois… João Caetano. E já nos limites do horário (8:10) aparece ainda o Carlos Sales que tinha passado na Pires Marques (hoje ausente de bttistas) e veio ao nosso encontro! Quinteto formado! Nada mau…

O João Afonso já me tinha informado que iria elaborar um percurso bem ao seu jeito, com uns requintes aqui e acolá! A expectativa era alguma… até porque o João Afonso não deixa os créditos por mãos alheias. A par do percurso que iríamos fazer… a expectativa estava também no tempo! Será que íamos sofrer no pêlo as “represálias” de São Pedro? Será que escaparíamos incólumes à tempestade?

Bom… no que toca ao trajecto seguido… saímos da cidade pela zona de lazer atravessando o já quase cheio lago… apesar da água barrenta formar um pouco bonito espelho de água! Esperemos que melhore com a vinda do tempo quente!!!! Seguimos pelas traseiras da Padaria do Montalvão e por trilhos conhecidos até às Benquerenças onde se iniciaram as surpresas do dia! O João Afonso foi claro e preciso… “A partir daqui é com a máxima precaução! Cuidado com as lajes de pedra… escorregam que nem sabão!!!”
Meus amigos… daqui em diante foi um rendilhar constante de trilhos entre muros, apertados e apertadinhos, singles entre pinheiros e estevas… a subir e a descer! Lá bonitos eram… mas de perigo também tinham bem a sua parte! Ao mínimo descuido já se sentiam as rodas a deslizar onde nem o mais afoite escapa!!! Ehehehe… A técnica apurou-se um pouco… embora algumas incursões fossem feitas em apeado… a fim de evitar alguma queda que estragasse a manhã! Não estávamos ali para cair… mas sim para nos divertirmos! Este é o pensamento que devemos ter nas nossas incursões de BTT!

De barriga cheia de singles, mas ainda vazia de comida… optámos por fazer um abastecimento no Café Antão, nas Benquerenças onde nos cruzámos com alguns colegas de BTT, também de Castelo Branco. Seguimos depois com a “bússola” orientada à zona da Represa onde não pudemos deixar de parar para sorver um “Aquece Almas” oferecido pelo meu avô. Excelente a visita… ainda que curta… e magnífica a jeropiga que melhor sabe quando levamos a bicicleta e os amigos atrás!!!!

Despedidas familiares feitas… seguimos em bom ritmo por mais um emaranhado de singles até à zona dos Amarelos, onde não pudemos deixar de parar para visitar a padaria local Canelas & Coelho, Lda, onde a ASAE pode entrar à vontade ao contrário de outros estabelecimentos… Lembram-se????! Ehehehe!!!!

A volta circular prosseguia e a chuva dava cada vez mais lugar ao sol escondido, que ameaçava aqui e acolá espreitar e iluminar um pouco mais o dia! Seguimos caminhos até à Serra das Olelas, onde atingido o cume, encetámos descida com destino à zona dos Maxiais par mais uma mão cheia de singles... tanto perigosos como bonitos! Na Primavera e Verão, com o calor a secar estas pedras, teremos de os voltar a visitar! Fica a promessa do homem do leme…. João Afonso!

A barreira dos 50 estava prestes a ser atingida quando fomos brindados com os raios solares mais fortes do dia, aproveitando também o final da single “treckada” dos Maxiais para uma merecida fotografia de grupo para a posteridade.

Apesar de bastante enlameados, quer nós, quer as bicicletas, uns mais cansados que outros, todos tivemos a certeza de que tinha sido uma boa aposta a troca do vale dos lençóis pelos trilhos percorridos… até a chuva colaborou connosco… e não apareceu durante a manhã!!! Ehehehe!

Agradeço a todos pela boa companhia durante a manhã!
João Afonso… muito obrigado por esta partilha de trilhos! Muito Bom… mesmo!
Foi um excelente “Invernal de Castelo Branco”! lol

Abraço a Todos
Até à próxima!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um Domingo... pelo Vale Mourão!

Boas a Todos...
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Praticar BTT puro e duro na companhia da malta porreira e da minha Trek já lá iam quase quinze dias!!! E digitar palavras em forma de foto-report-post aqui no espacinho BTTHAL… ui ui… já lá iam 15 dias x 3 ou 4… eheheh!!! Costuma-se dizer que equipas vencedoras não se alteram e a ler pelos últimos comentários a malta diverte-se à brava com as reportagens do FMike… vai daí tenho-lhe dado espaço de manobra (aldra!!!) Ehehehe! Pois bem… estou de volta ao BTT, estou de volta à escrita! E que regresso!

O email da véspera antevia que a manhã domingueira seria plena de aventura na companhia de bons amigos… tudo em prol das bicicletas, natureza e convívio! A pouco e pouco os email’s iam caindo e confirmando a presença de mais um, mais dois, mais um… até que se formou um grupo de 10 bttistas, que reuniram às 8horas matinais no Centro Cívico da nossa cidade.

João Afonso, Abílio Fidalgo, Agnelo Quelhas, Bruno Dias, Fernando Micaelo, João Fidalgo, Luís Lourenço, Nuno Dias, Pedro Barroca e eu (João Valente)… saímos das Docas pelas 8:10 à conquista da Aldeia de Xisto - Foz do Cobrão, com o intuito de ir contemplar o esplendor das Portas do Almourão. Objectivo um tanto ou quanto ambicioso apenas para uma manhã de prática desportiva... mas… lá avançamos na aventura!

Contratempo logo à partida… com o meu saco de hidratação a não ter capacidade para segurar as águas (está velho… e a ponta já não segura as urinas… perdão as águas!!!)… obrigou-me a ir de novo a casa para uma substituição rápida pelo sempre pronto bidon!!! Atraso logo à partida… ía ser difícil cumprir o timing do almoço!!!

Saímos pela Zona Industrial da cidade, seguindo por trilhos bastante calcorreados pela malta do BTT até às Benquerenças, cortanto depois para a Represa… onde ainda presenciei ao despertar do meu avô… à janela do quarto a receber o sol matinal… para matar o piolho! Ehehehe!

Da Represa aos Amarelos é um saltinho e a paragem na padaria local era obrigatória… pois a malta ia com o guloso dos típicos bolos regionais! Nada para ninguém… as portas estavam ainda fechadas aquela hora matutina… seguimos então caminho até ao Café da Estação das Sarnadas. Um espaço comercial onde nunca tinha entrado… nem eu, nem certamente a ASAE, pois, caso isso algum dia suceda… jamais voltará a abrir as portas! Ehehehe… a imaginação fica ao vosso critério… mas o café (ainda) sabia a café... ok???

Até aqui as dificuldades do dia não foram muitas… mas a exigência física iria apertar em breve!! Seguimos pela Carapetosa, e em alta velocidade rompemos os limites do nevoeiro que cobria todo o Vale do Ôcreza… lá bem ao fundo. Um cenário de beleza extrema… cujas fotografias não conseguem descrever tão bem como a nossa retina o presenciou! Na pequena ponte sobre o escasso rio… parámos para várias fotografias da praxe e também para ganhar fôlego, de modo a ultrapassar uma subida de 1ª categoria até às Ferrarias Velhas.

Nas Ferrarias velhas… hoje completamente abandonadas e resumidas a 3 ou 4 casitas de pedra rústica tirámos uma fotografia de grupo… e sem perder muito tempo seguimos pela trilharia que o Roberto Nabais nos brindou na última edição dos Trilhos de Xisto 2008 até ao antigo/ abandonado Lagar do Carril. Para quem conhece a zona… sabe da beleza invulgar que estamos a falar, reconhece que é um palco estupendo para o BTT… quer pela espectacularidade da paisagem, quer pela exigência da descida… mas sobretudo da subida (longa) que nos leva até aos limites do Vale da Pereira. Excelente subida Agnelo (privet!)

Esta subida, bem como o desgaste acumulado ditou o fim de etapa do amigo Nuno Dias, que enveredou via asfáltica de regresso a Castelo Branco. O restante grupo, agora reduzido a 9 unidades, seguiu pelos trilhos que cruzam as localidades de Vale da Saraça e Fonte Longa onde efectuámos nova paragem para re-abastecer o depósito no café local (Café do Zé Nicola!!!!). Uma pequena nota de rodapé… parece-me que vi o Fidalgo com uma garrafa de Coca-cola 1,5litros (!!!) na mão… será que a conversão foi de vez!

O cabeça de grupo, orientador, homem do leme, ou lá como queiram chamar-lhe oscilou muito durante a manhã! Claramente o João Afonso conhecedor da zona, bem como o Agnelo Quelhas, que já levava o track preparado lideraram e proporcionaram uma manhã bem animada. Na zona da Fonte Longa… tivemos a oportunidade de desfrutar algumas das surpresas que ainda estavam no “cofre” do João Afonso… a ser preparadas para o seu II Raid BTT-Albi. Uns single track’s entre muros e casas habitacionais… não aconselhados a quem tenha bicicletas com quadros acima dos 18,5.. eheheeh! Havia os…apertados e os apertadinhos… uma delícica!

Era tempo de engrenar a talega e dar alguma velocidade ao percurso! Entre eucaliptais, e num sucessivo estradão ondulante… com tendência para a descida… chegámos à Ribeira do Alvito, que já apresenta um caudal capaz de molhar o joelho!!! Valeram as poldras para auxiliar a passagem dos mais friorentos (todos).

Quem desce… sempre tem de subir… e com o aproximar das 12horas… chegara a hora de subir progressivamente e durante largos minutos… mas… embevecidos com a paisagem que se encontra à nossa esquerda! A magnitude rochosa deste aglomerado geológico confere ao local uma beleza extraordinária que nunca se desvanece visita após visita!

Já tinha praticado pedestrianismo nesta zona, bem como pedalado noutras ocasiões… e de facto… a beleza é inesgotável! Faz-nos sentir bastante pequenos perante tamanha imensidão de natureza! Muito, muito bonito! Pelo caminho o grupo dispersou-se pelos diferentes ritmos de progressão e até pelas paragens digitais (fotográficas)… reunindo de novo no Miradouro, com vista para a aldeia de Sobral Fernando e para o Vale Mourão!

Apesar da beleza local e da satisfação estampada no rosto de todos… o tempo corria em nosso desvafor! O companheiro Fernando Micaelo… com compromissos pessoais partiu em “fuga” via asfáltica rumo à cidade. O restante grupo contemplou com mais calma o local e fez-se depois à estrada até à Aldeia de Xisto - Foz do Cobrão. Optámos por seguir por estrada (a bom ritmo) até Castelo Branco… dado o adiantar da hora, fazendo apenas 2 atalhos em trilhos BTT na zona do Alvaiade e mais tarde nas imediações de Castelo Branco.

Apesar das 14horas já terem batido no sino da Igreja do Valongo… a maioria ainda arranjou forças para levantar umas médias e repor os níveis protéicos com uns tremoços XXL que por lá habitam… na Associação do Valongo! Eu e o Agnelo… acabámos por nos despedir dos restantes e ir directos para casa… ver do almocinho!

Para a memória fica mais uma excelente manhã de aventuras, em boa companhia e com paisagens inesquecíveis. Até à próxima... já no Domingo! Isto de não escrever à muito tempo… dá sempre direito a testamento… o que se há-de fazer!?!?!?
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Fiquem Bem
João Valente

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Regresso às Quartas-Feiras

Boas a todos!
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Entalada entre dois dias dedicados por completo à asfáltica, palmilhando km's pelas belas terras da Beira, esteve mais uma quarta-feira dedicada em exclusivo ao BTT. Há muito que não ia à quarta, à Pires Marques, pedalar, por força do muito trabalho a que tenho sido solicitado neste final de ano. Esta semana contudo, as exigências laborais amainaram um bocadinho e houve tempo de dar ferro no pedal, já a pensar no Dezembro que aí vem, cheio de desafios quilométricos, aos quais conto aderir e completar.

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Numa manhã algo envergonhada com muitas nuvens no céu ainda pensei que iria tomar banho por cima, mas afinal o banho foi só mesmo por baixo... Eh pá! Nada de mentes preversas! Banho por baixo, foi banho de lama nas escoras da minha Trekinha! Nada de banho checo às minhas partes pudibundas! Eehehehehe....

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Pois é! Com as chuvas caídas nos últimos dias os trilhos estão simplesmente fantásticos - lama, muita lama, charcos q.b. e as cores outonais a dominar por completo a paisagem.... Lindo, lindo! Estão uns dias excelentes para pedalar! Assim haja tempo, vontade e amigos para irem comigo!

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Desta vez só apareci eu (FMike) e o AC para pedalar... Sem stress! Delineou-se logo ali a estratégia! Vamos à descoberta! E assim foi! Uma voltinha circular que iria percorrer alguns trilhos já há muito esquecidos, quase engolidos pelo mato mas plenos de exclusividade e interesse.

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Logo a seguir a Alcains entramos então nalguns trilhos bem bonitos, aqui e ali já conhecidos e depois já bem perto da Póvoa reencontramos alguns trilhos fechados com muita vegetação mas que com preserverança e alguma manha lá fomos contornando, exibindo toda a sua beleza à luz outonal, bem reflectida na orvalhada da noite que dominava os campos.

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Depressa chegamos a Tinalhas, onde cafeínamos aquela dose certa que nos faz impulsionar ainda melhor o pedal, virando depois os azimutes à Marateca, onde a baixa cota de água revela recantos bonitos, que desta vez evitamos pois o destino era a Lardosa, onde novamente bebemos qualquer coisita no "Tá-se Bem".

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Repostas as energias no fatinho, foi tempo de nos fazermos aos trilhos da Ribeira de Alpreade, descortinando alguns que carecem de exploração.... uma próxima quarta-feira temos de lá ir... há lá uma paredezinha daquelas que dá gosto trepar!

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Dali seguimos em passo certo até à Lousa, onde não entramos, chegando pouco depois aos Escalos, cujas as "quelhinhas" limítrofes da aldeia fizeram o nosso gáudio. Passado o chafariz, seguimos em direcção à zona do Monte de S Luis, onde uma lavrada recente fez-nos temer o desaparecimento de alguns singles daquela zona... felizmente o ferro do arado ainda lá não chegou! Lá estavam eles à nossa espera!

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A Pedra da Garalheira é logo ali e Castelo Branco também, e a brincar, a brincar, lá fizemos uma Maratonazinha em dia de semana, chegando a casa cerca das 13:20 h com quase 80 km's andados, plenos de carácter lúdico e exploratório, a rever "velhas glórias" dos trilhos da zona pela mão do amigo AC, que faz questão de os revisitar de vez em quando, partilhando-os com quem alinha nesta vertente bttista-exploratória. A repetir sem dúvida.

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Ah... é verdade... o banho por baixo.... eheheheh... A minha Trekinha ficou assim, neste belo estado! Como alguém diz - "ela gosta e o dono também!"

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Fiquem bem!
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FMike :-)